Este blog existe para mostrar às pessoas, especialmente aos estudantes que pensam em cursar jornalismo na universidade, os aspectos da profissão de jornalista que vão contra a ética e a ecologia profunda, e que não são percebidos por causa do ponto em que chegou a cultura humana, porque a sociedade espectadora, ouvinte e leitora alimenta-se desse teatro, desse circo.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Absurdos

De Euclides Bitelo, no Facebook:
Jornalistas que dão discursos do tipo "é um absurdo um clube de futebol proibir os jogadores de falarem com a imprensa, isso é censura" e "é um absurdo o clube punir os jogadores se eles falam algo interno para a imprensa" devem estar liberados pra falar mal da própria firma. Né não?

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Opinião pública: o jornalismo representa ou controla?

"O Judiciário na mídia será controlado por ela. Instituições tradicionais como essa não podem se submeter a outro campo, com linguagem e interesses estranhos ao do Estado, que assim se perde. Um problema do Judiciário é que muitos dos membros não percebem isso, embora haja uma literatura razoável sobre o tema, e acabam cedendo à sedução dos holofotes, em prejuízo próprio e da instituição. Na França, por exemplo, o Judiciário proíbe juízes de se manifestar na mídia. Quem o fizer, será punido, e se insistir, terá de sair. Quem os controla é o Judiciário, não a invencionice da 'opinião pública'. É um tema complexo. Em tempo: só a mídia diz que mídia é democracia, porque a ela 'pertence' a 'opinião pública'. Isso é apenas um jogo de poder, baseado em meias verdades, e muitas falácias." (Alvaro Oxley Rocha, cientista político e professor, pós-doutor em Criminologias Crítica e Cultural e doutor em Sociologia Política do Direito)

domingo, 15 de setembro de 2013

Donna/ZH - O que te fez ter vontade de deixar o jornalismo, a Globo?

Ana Paula Padrão - Foi um desejo de mudar de vida. Comecei a trabalhar com 15 anos e em jornalismo com 19. Toda a minha vida foi pautada pelo trabalho até o momento em que eu pensei: "Nossa, eu tenho 30 e poucos anos, meu companheiro de vida vai ser o trabalho?". Comecei a me questionar sobre isso, muito também em função das mulheres me procurando e me perguntando como eu equilibrava a balança. Que balança? Eu nem sei de que balança essa mulherada estava falando! Minha vida era totalmente desbalanceada, era totalmente trabalho. Trabalhava no mínimo 12 horas por dia. E todos os finais de semana. Minha diversão era trabalhar. Quando estava de folga, lia todos os jornais, fazia pesquisa de matérias, não tinha lazer, nunca tive. Até àquele momento da minha vida, tirei muito pouco tempo de férias. Meus amigos eram do trabalho, não tinha outras relações. Era uma vida muito pobre, né?

"A gente vira escrava do sucesso. As pessoas gostam de mim na bancada, o mercado gosta de mim na bancada, sou um bom produto na bancada, a audiência confia em mim e isso é muito bom para empresas patrocinadoras do telejornal, porque atraio bons patrocinadores. É bom para a TV, para os patrocinadores e para a audiência. Mas e eu?" (à Revista TPM)


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

"Separados na maternidade"...

André Machado pensa que é o Alexandre Garcia: ao final do programa dele na Rádio Gaúcha, diz o mesmo bordão que o Garcia diz ao final do Bom Dia Brasil, quando é ele que apresenta.




















Aliás, o programa Gaúcha Atualidades é um festival de deboche ("Gaúcha Deboches"?). Se o André, a Rosane de Oliveira e a Carolina Bahia tivessem um pingo de esperteza em seu ser, poderiam ser chamados de irônicos; como não têm, dá pra chamar apenas de deboche. Os três automatizaram uma padronizada risadinha debochada no fim das frases. Lamentável e patético.

domingo, 4 de agosto de 2013

A cliança tá tliste

O Dunga é chato, bobo e feio porque não divulgou a escalação antes do início do Grenal... "Na verdade é o Internacional, vamos colocar no nome do Internacional, instituição da qual ele faz parte. Vamos repetir: o Internacional não liberou a escalação!, senão daqui a pouco a gente vai passar por incompetente..." (José Alberto Andrade, repórter veterano da Rádio Gaúcha) Francamente, que criancice esse jormalismo!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Ai ui ui

O técnico do Inter, Dunga, perguntou a um repórter da rádio Gaúcha se ele estava recebendo presente para cobrar a presença do Dátolo no time. Resultado:

"A Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos, através da sua diretoria, repudia qualquer tipo de desrespeito aos seus profissionais associados, como o ocorrido na manhã desta sexta-feira, durante entrevista coletiva do técnico do Inter Dunga. O treinador, fora dos microfones, insinuou que o jornalista e repórter da Rádio Gaúcha Rodrigo Oliveira 'recebia presentes' por questionar o aproveitamento de determinados jogadores no time colorado. Oliveira é um jornalista respeitado, idôneo, de grandes serviços prestados à imprensa gaúcha esportiva. Lamentamos que fatos como esse façam parte do dia a dia de um clube de futebol da grandeza do Internacional."

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Democracia 2






Rosane de Oliveira, mais reacionária que o Lasier Martins, publica hoje em seu blog o que chama de "Manual do manifestante violento" (veja abaixo). No entanto, o espaço destinado a comentários, ali onde tem um balão de diálogo seguido do número zero, não existe.

domingo, 23 de junho de 2013

Democracia

"Em momentos como o que se vive no Brasil, cria-se um caldo de cultura em que crescem tentativas de intimidação e coação à imprensa, uma das instituições que asseguram a democracia. Zero Hora, como maior jornal do Estado, virou alvo desses grupos ultrarradicais, que só enxergam a liberdade de expressão e de imprensa como obstáculos a suas causas. A quem interessa calar a imprensa? A quem interessa inviabilizar um jornal e silenciar seus jornalistas? Zero Hora não é contra protestos ou críticas. Pelo contrário. Incentivamos o diálogo, a pluralidade de opiniões e os questionamentos a nosso trabalho." (Marta Gleich, editora)

Na última quinta-feira, protegeram a ZH, mas não protegeram o comércio e os moradores da João Pessoa, por exemplo: Panambra, lojinhas e pequenos estabelecimentos foram depredados. Pessoas ficaram aterrorizadas em casa. Uma jornalista da Band, colega de vocês, foi assaltada naquelas imediações, no exercício do seu ofício. “Vidas” (a “prioridade” da BM) e “patrimônio” em risco, não é mesmo??? E tudo isso ocorreu por quê? Porque, para a “proteção” da “liberdade de expressão e de imprensa” da ZH (que querem “calar”), pessoas - que se manifestavam pacificamente na Avenida Ipiranga - tomaram balas de borracha e bombas de gás (o fator “detonador” dos tumultos e do oportunismo dos vândalos). E por que isso ocorreu? Decerto, porque a liberdade de manifestação, dos que estavam na rua, tem, enquanto direito fundamental, valor inferior ao direito de "liberdade de imprensa e de expressão" dos que estavam no prédio da ZH - este, um direito "absoluto", por acaso? (Jorge Silva)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Nós só estamos trabalhando..."


O jornalista

"O jornalista vai ao protesto para trabalhar; o policial militar, também. Nenhum deles mobiliza o protesto. Ambos portam armas de grosso calibre; as do jornalista, a princípio, não-letais. Quando os jornalistas, que estão trabalhando como os policiais, são agredidos, isso vira notícia. O manifestante pode ser mal-interpretado, pode ser tratado como vagabundo, canalha, covarde, filho da puta. O jornalista, não; ele sempre está ali para trabalhar. Isso não quer dizer que o jornalista é melhor que ninguém. Se o ativista pacífico, que leva flores, apanha, isso também é notícia, e importante. A diferença é que o ativista que leva flores pode ser confundido com o ativista que resolve quebrar vidros e apedrejar lojas, por aqueles que desconhecem a genealogia do protesto. O jornalista, não: ele certamente não estava ali para quebrar nada." (Luís Felipe dos Santos)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ave RBS

"Foi um processo que fez com que eu me sentisse menos tudo. Menos inteligente, menos capaz, menos gentil, menos humana, menos sã. Eu voltei para a terapia. Eu tive crises de pânico. Eu achei que tinha feito tudo errado desde sempre ao defender o que eu acreditava. Eu cheguei, vejam só, a acreditar que queria uma carreira corporativa. Logo eu, de todas as pessoas..." (Cássia Zanon)

Jornalista também faz parte da sociedade


Na edição de Zero Hora desta sexta-feira, o colunista David Coimbra pergunta se o senhor “não tem vergonha” da situação. Qual a sua resposta a essa indagação?
Tarso Genro - Convido o jornalista que escreveu o isento artigo a ter vergonha comigo. Mais vergonha, talvez, porque, afinal, os dois governos que nos precederam foram eleitos com o apoio ostensivo das editorias da rede de comunicação onde ele trabalha. Os últimos oito anos de total descaso com o Presídio Central é que resultaram esta situação dramática que, paulatinamente, vamos corrigir. Ou alguém pensa que drama do presídio é resultado dos últimos 15 meses?  Portanto, em oito anos de governos que foram eleitos com o ostensivo apoio dos “formadores de opinião” do jornal ao qual o referido jornalista presta o seu serviço, pouco ou nada foi feito em relação ao Presídio Central.
É bom a gente socializar a vergonha, senão parece que a imprensa é uma estrutura de poder “neutra”, composta só por pessoas puras e dotadas de incrível senso de responsabilidade pública, que não tem nenhuma responsabilidade com o que ocorre na esfera da política e nas decisões de Estado.
Eu gostei do artigo. Achei muito bom o texto. Mas como represento uma instituição -o Executivo Estadual- e um projeto político -da Unidade Popular Pelo Rio Grande- convido-o a refletir sobre a herança que recebemos, cuja construção não teve o nosso apoio nem a nossa cumplicidade política, para que todos nos envergonhemos. E para que passemos a trabalhar juntos para construir um novo Rio Grande. (RS Urgente)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Aulas do professor Dunga

"[Jornalista] nem parece homem... Ponham vergonha na cara, vamos falar de futebol, vamos falar de coisa boa! Quando eu respondo mal, vocês ficam brabinhos. Tem que fazer jornalismo, pra fazer pergunta inteligente tem que ter criatividade. Pra criticar, falar mal e fazer polêmica é fácil, isso qualquer um faz." (Dunga)

terça-feira, 23 de abril de 2013

10 piores profissões de 2013

191 Comissário de voo
192 Carpinteiro
193 Carteiro
194 Leitor de água e luz
195 Leiteiro
196 Trabalhador de refinaria de petróleo
197 Ator
198 Soldado
199 Lenhador
200 Repórter (Jornal)

Uma pesquisa divulgada pelo career.com, site especializado em empregos. O levantamento levou em conta cinco critérios: ambiente de trabalho, renda, demandas físicas, estresse e perspectivas de contratação. Para formar a lista, o career.com usou dados do Centro de Estatísticas do Trabalho e de agências do governo dos Estados Unidos. É uma pesquisa, portanto, baseada na realidade norte-americana. (Fonte: ZH)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Manchete/fato



Manchete: Protesto perturba trânsito em Porto Alegre.
Fato: Corte de árvores perturba trânsito (e planeta) em Porto Alegre.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Jornali$mo$




Isso não significa que a Veja é malvada e que a Carta Capital é boazinha. Significa que cada empresa jornalística faz valer os seus interesses político-econômicos e impõe suas ideologias. Cada revista diferente pode dar uma visão diferente da renúncia do Papa, e isso significa que não existe uma verdade, e que acreditar num jornalismo imparcial, seja como jornalista, seja como povo leitor, é uma ingenuidade perigosa.