Este blog existe para mostrar às pessoas, especialmente aos estudantes que pensam em cursar jornalismo na universidade, os aspectos da profissão de jornalista que vão contra a ética e a ecologia profunda, e que não são percebidos por causa do ponto em que chegou a cultura humana, porque a sociedade espectadora, ouvinte e leitora alimenta-se desse teatro, desse circo.


sábado, 9 de abril de 2016

Realíssimo

http://papodehomem.com.br/trabalhar-demais-ate-que-ponto-id-5

Minha questão é profissional. Sou jornalista formada e trabalho na área há 4 anos. Hoje estou na função que acredito gostar mais: sou repórter. Adoro meu trabalho, mas perco muitos momentos importantes por conta dos horários.

Trabalhei em todos os feriados dos últimos três anos. A empresa é pequena, e me sinto escravizada. Minha escala é trabalhar 12 dias corridos e folgar dois. Fico extremamente cansada. Mesmo assim, é o melhor local para um jornalista trabalhar em minha cidade.

Tenho todos os meus direitos e eles nunca atrasaram meu salário em um dia. O valor pago é baixo, mas realmente estou bem com o salário pago atualmente. Por enquanto. Minha questão é que sempre fico com muito medo de estar abrindo mão de estar com meus amigos e família por uma profissão.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Real

"Jornalista não é intelectual. Jornalista é empregado de jornal." (Cláudio Abramo)

sábado, 2 de abril de 2016

Meio jornalista

Trecho do texto 'A manipulação de contextos na montagem de notícias', de Carlos Castilho, no Observatório de Imprensa:

Os manuais de redação descrevem com exatidão os procedimentos para coleta, edição e preparação de fatos, dados e eventos de interesse jornalístico mas não abordam com o mesmo detalhamento à contextualização, um processo que normalmente acontece na fase da edição onde ocorre a montagem das várias peças componentes de uma notícia. 
As redações não são um ambiente democrático onde se discutem posições e atitudes. Prevalece no dia a dia o ritmo industrial de produção. Assim, a cultura política acaba sendo fortemente influenciada por quem comanda a operação jornalística. Os editores organizam a pauta que é passada aos repórteres que vão a campo já com um roteiro preestabelecido e com tempo marcado para regressar. Ao chegar no local da matéria, o repórter não tem tempo de buscar visões diversificadas. Ele se limita a ouvir o protagonista e a parte contrária, sem poder levar em conta que a esmagadora maioria dos fatos, dados e eventos não se resumem a apenas dois lados. Além disso o profissional não tem tempo e, muitas vezes nem preparo teórico, para avaliar se um dado, fato ou evento está corretamente contextualizado.