Este blog existe para mostrar às pessoas, especialmente aos estudantes que pensam em cursar jornalismo na universidade, os aspectos da profissão de jornalista que vão contra a ética e a ecologia profunda, e que não são percebidos por causa do ponto em que chegou a cultura humana, porque a sociedade espectadora, ouvinte e leitora alimenta-se desse teatro, desse circo.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Observatório da Imprensa analisa o discurso único adotado pela grande mídia nos últimos meses

"Nós não temos uma notícia sobre o perigo da instabilidade econômica mundial, da situação da Europa, da situação dos EUA, da China, e o significa o Brasil ali. Então, a crise brasileira é vista isoladamente, ela não tem contexto" comentou a filósofa Viviane Mosé no Observatório da Imprensa. Confira a entrevista completa sobre o discurso único adotado pela mídia: http://ebcnare.de/1g5EDJG


"Nós não temos uma notícia sobre o perigo da instabilidade econômica mundial, da situação da Europa, da situação dos EUA, da China, e o significa o Brasil ali. Então, a crise brasileira é vista isoladamente, ela não tem contexto" comentou a filósofa Viviane Mosé no Observatório da Imprensa. Confira a entrevista completa sobre o discurso único adotado pela mídia: http://ebcnare.de/1g5EDJG
Posted by TV Brasil on Thursday, August 6, 2015



O Observatório da Imprensa analisa o discurso único adotado pela grande mídia nos últimos meses.

O discurso único adotado pela grande mídia nos últimos meses motiva o debate da próxima edição do Observatório da Imprensa. A falta de diversidade de pensamento nos principais veículos gera um discurso único que não prioriza a contraditório. A impossibilidade de dar uma visão divergente da vida na sociedade impôs aos leitores limitações na forma de ver o mundo gerando problemas que hoje começam a se tornar críticos. Na visão do editor Carlos Castilho, “o primeiro é a insatisfação, cada vez maior, de segmentos sociais que questionam o conteúdo da agenda informativa e a confiabilidade das noticias publicadas pela imprensa. O outro, ainda mais grave, é a tendência à formação de “guetos” informativos compostos por veículos jornalísticos e segmentos do público que compartilham a mesma percepção do mundo”.

No livro Going to Extremes (Oxford University Press, 2009), o norte-americano Cass Sunstein mostrou como os grupos fechados tendem à radicalização por conta de uma auto-intoxicação informativa que os isola cada vez mais da realidade e os conduz a situações imprevisíveis. O correspondente do El País no Brasil, Juan Árias se queixa em artigo que no Brasil não se pode falar de felicidade no momento atual.


Veja o programa na íntegra:

quarta-feira, 15 de julho de 2015

O que se faz com a novidade? Imita

Depois de a Maju se destacar por um jeito mais natural e próprio de apresentar a previsão do tempo, começaram a imitar esse "novo jeito". Ou seja, não entenderam nada. Assim como nunca entendem.

sábado, 11 de julho de 2015

Tensões provocadas ou alimentadas pelo jornalismo esportivo

A verdade de D'Alessandro
(Rosita Buffi)

Determinante, coerente, sem meias palavras, esse foi o tom da entrevista coletiva dada por D'Alessandro na ultima terça feira, dia 07/07. Mas o que causou tanta polêmica?

A verdade.

Essa que dói escutar, essa que machuca, nem sempre boa, nem sempre um elogio, mas às vezes nada mais do que um apontamento de uma fraqueza ou defeito.

Pois bem, D'Ale mirou no que viu, acertou no que não viu, eis o ditado. Ele, preocupado com o grupo, deu uma entrevista cheia de frases e revelações sinceras, coisas que lhe passavam na cabeça havia dias, resolveu desabafar ali, na companhia de jornalistas. Falou sobre tudo, mas o que ficou foi a ironia, a brincadeira com a palavra "play station" – o novo Binóculo, a nova Barca.

Vamos à frase completa:

– A campanha não é boa, mas volto a repetir que não é tudo isso que se fala lá fora. Peço para que o torcedor nos apoie. Sei lá, vão jogar PlayStation e não escutem tanto rádio. Tem cara que acorda às 5h da manhã e já liga o rádio. Eu jogo videogame com o meu filho e é bom.

Analisem: D'Ale falou de boa, sem pensar. Poderia ter dito, leiam um livro, brinquem no parque com seus filhos, com seu cachorro. Mas falou joguem Playstation, porque ele o faz, seu passatempo predileto com o filho! Falou para a torcida, sua torcida aliás. Como se dissesse: "Olha, não acreditem em tudo que se fala por aí, não acreditem nas fofocas, nas intrigas, nas invencionices, fechem os ouvidos para as picuinhas de jornalistas cheios de má intenções." (...) Mas a mídia, ahhhh, ela não decepciona nunca! Simplesmente o crucificaram! E seguem fazendo-o. Ele não quis boicotar ninguém, pelo menos não diretamente, eles já o fazem isso por contra própria todos os dias, ao (...) [publicar] absurdos não autorizados, notícias falsas, verdadeiros barrigaços ligados ao Clube, seus jogadores e a própria torcida! CHEGA! Foi isso que D'Ale quis falar: chega. Não estamos bem no Brasileiro? Não! E precisamos que algum jornaleco ou alguma pseudocelebridade do jornalismo gaúcho venha nos colocar o dedo em riste nos apontando isso? (...) O mundo do jornalismo gaúcho veio abaixo!! Mágoas, comentários deprimentes, cheios de ressentimentos, vieram à tona. Na hora de apoiar o Clube, que é o único representante do Brasil em uma competição importante, a Libertadores, preferiram dar créditos às suas pequenas e debochadas coluninhas, mesquinhas e raivosas... Como D'Ale mexe com eles! Como machuca...

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Desabafo do Baldasso

Há de se admitir que muitos, e não é o meu caso, estejam enfastiados com o tal vestido de cores distintas para cada retina. Até é uma prova de paciência perceber que em todos ambientes que estivemos presentes nos últimos dias esse assunto esteve em voga.

Mas nada é mais chato, prepotente e descabido do que aqueles que ressuscitaram das tumbas do jornalismo desinteressante para vomitar teses sobre o quanto assuntos "inócuos" atraem multidões em redes sociais.

O primeiro ponto da prepotência é acreditarem que lhes foi dado o poder de definir o que é ou não importante.

Esses arautos do jornalismo broxa escrevem bonito, tem teses polpudas e divagam com autoridade sobre vários assuntos...que não interessam a ninguém.

Talvez sintam falta da época em que as pessoas não tinham multifacetadas opções como hoje e eram obrigadas a engolir seus colóquios desinteressantes.

Pois queridos jornalistas frouxos: lamento informar que hoje o mundo é mais legal.

Muitos descobriram que um sanduíche pode ser nutritivo pela simpática senhora que se atrapalhou com o delay dos fones da TV, o Canadá esteve mais próximo de nós por causa da Luiza e a sensibilidade das nossas retinas proporcionar percepção diferentes de cores agora é do nosso conhecimento.

E o mais importante: nos divertimos com isso.

E ao mesmo tempo continuamos postando nossas insatisfações com a corrupção no país, o absurdo aumento de preços e a preocupação sobre a escassez de água e gasolina.

Pobres jornalistas mofados! Sigam com seus textos rebuscados e pseudo informativos enquanto nós vamos aproveitando o que o mundo virtual nos oferece.

Que venham mais virais que tomem horas do meu dia!

E vocês, colegas mais qualificados do que eu: sigam informando para as paredes de suas casas, enquanto eu falo pra multidões.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dica de Renato Janine Ribeiro

Uma sugestão para quem vai escrever artigos - sejam de opinião, tipo jornal ou blog, sejam mais longos, para periódicos, inclusive científicos.

Tratem de ir direto ao assunto.

Por exemplo, se forem comentar o caso Charlie Hebdo, é desnecessário gastar palavras e tempo contando quando foi fundado, quem o compunha, como se deu o atentado. Nove vezes em dez, dá para resumir em duas linhas. Todo mundo sabe do atentado.

E, se quer sustentar uma posição (defesa intransigente da liberdade de expressão, crítica a Charlie por atacar o extremismo etc.), vá direto ao ponto. Não se afaste dos fatos, não os deturpe, mas não gaste um tempao antes de dizer o que traz de novo

sábado, 24 de janeiro de 2015

Descuidado com o que escreve ou machismo involuntário?

A Zero Hora,

- no mínimo: diz que todas as mulheres que não têm orgasmo fingem;

- no máximo: diz que todas as mulheres não têm orgasmo e fingem.





Tempo fresco

Essa obsessão dos jornalistas pelo uso do tempo presente (que somente ele pode sar a noção de imediatismo que a notícia tem que ter para o jornalismo ser um super-herói)...

A polícia libertou o rapaz, e ele é mantido em cárcere privado (?)...





Quase 6

"Os ambientalistas estão encontrando quase seis tartarugas marinhas por dia no litoral sul." (RBS Notícias)