Este blog existe para mostrar às pessoas, especialmente aos estudantes que pensam em cursar jornalismo na universidade, os aspectos da profissão de jornalista que vão contra a ética e a ecologia profunda, e que não são percebidos por causa do ponto em que chegou a cultura humana, porque a sociedade espectadora, ouvinte e leitora alimenta-se desse teatro, desse circo.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Democracia 2






Rosane de Oliveira, mais reacionária que o Lasier Martins, publica hoje em seu blog o que chama de "Manual do manifestante violento" (veja abaixo). No entanto, o espaço destinado a comentários, ali onde tem um balão de diálogo seguido do número zero, não existe.

domingo, 23 de junho de 2013

Democracia

"Em momentos como o que se vive no Brasil, cria-se um caldo de cultura em que crescem tentativas de intimidação e coação à imprensa, uma das instituições que asseguram a democracia. Zero Hora, como maior jornal do Estado, virou alvo desses grupos ultrarradicais, que só enxergam a liberdade de expressão e de imprensa como obstáculos a suas causas. A quem interessa calar a imprensa? A quem interessa inviabilizar um jornal e silenciar seus jornalistas? Zero Hora não é contra protestos ou críticas. Pelo contrário. Incentivamos o diálogo, a pluralidade de opiniões e os questionamentos a nosso trabalho." (Marta Gleich, editora)

Na última quinta-feira, protegeram a ZH, mas não protegeram o comércio e os moradores da João Pessoa, por exemplo: Panambra, lojinhas e pequenos estabelecimentos foram depredados. Pessoas ficaram aterrorizadas em casa. Uma jornalista da Band, colega de vocês, foi assaltada naquelas imediações, no exercício do seu ofício. “Vidas” (a “prioridade” da BM) e “patrimônio” em risco, não é mesmo??? E tudo isso ocorreu por quê? Porque, para a “proteção” da “liberdade de expressão e de imprensa” da ZH (que querem “calar”), pessoas - que se manifestavam pacificamente na Avenida Ipiranga - tomaram balas de borracha e bombas de gás (o fator “detonador” dos tumultos e do oportunismo dos vândalos). E por que isso ocorreu? Decerto, porque a liberdade de manifestação, dos que estavam na rua, tem, enquanto direito fundamental, valor inferior ao direito de "liberdade de imprensa e de expressão" dos que estavam no prédio da ZH - este, um direito "absoluto", por acaso? (Jorge Silva)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Nós só estamos trabalhando..."


O jornalista

"O jornalista vai ao protesto para trabalhar; o policial militar, também. Nenhum deles mobiliza o protesto. Ambos portam armas de grosso calibre; as do jornalista, a princípio, não-letais. Quando os jornalistas, que estão trabalhando como os policiais, são agredidos, isso vira notícia. O manifestante pode ser mal-interpretado, pode ser tratado como vagabundo, canalha, covarde, filho da puta. O jornalista, não; ele sempre está ali para trabalhar. Isso não quer dizer que o jornalista é melhor que ninguém. Se o ativista pacífico, que leva flores, apanha, isso também é notícia, e importante. A diferença é que o ativista que leva flores pode ser confundido com o ativista que resolve quebrar vidros e apedrejar lojas, por aqueles que desconhecem a genealogia do protesto. O jornalista, não: ele certamente não estava ali para quebrar nada." (Luís Felipe dos Santos)